Philia

Segunda-feira, na aula de história, conversamos os princípios da filosofia e algumas expressões. Sócrates, Platão e Aristóteles (meu filósofo favorito, e um dos meus ídolos, claro). E do último, eu li uma expressão tão peculiar, bonita, tão rara e que tem tudo a ver comigo. Não que eu seja um antro de amor e paixão infernais. Mas Philia se encaixa perfeitamente em mim.
Philia é uma expressão grega de Aristóteles, o vingativo filósofo que acreditava na paz e no amor, mas pouco acreditava no homem. Para ele, a humanidade precisava de Philia, e viver deste modo. O que quer dizer vulgarmente amor. Mas não é este simples amor. Significa altruísmo, generosidade e total entrega.
Quem pratica a Philia, ou este tipo de amor se entrega totalmente a relação. Seja ela amorosa, familiar ou amistosa. A felicidade e o bem-estar do outro está sempre antes do próprio interesse. Mas ainda assim, vai muito além do natural bem-querer. É um amor absurdo, incondicional e muito verdadeiro. Tão intenso que pode inclusive, desencadear sacrifícios. O amante pode vir a se afastar se por um acaso acreditar que o ser amado será feliz de outra forma ou com outra pessoa. É visto por muitos como uma forma incondicional de amar.

Pode-se dizer por aí, que eu pratico o estilo de amor Philia.
Eu sou pateticamente doente por uma pessoa.
Sem exagerar, eu tenho prazeres quase sexuais só por me lembrar deste alguém. Mas não que eu seja apaixonada por ele. Confuso? Sim, é. Mas não estou mentindo. Não é paixão ou desejo, absolutamente nada a ver com erotismo. Talvez seja patético mesmo!
Mas vocês acham que eu consigo controlar isso? Claro que não! É infernal, é fervente como a lava de um vulcão pronto pra entrar em erupção. Já nem tenho controle, e pra mim é tão normal sofrer por ele. Ah, isso já é uma rotina.

Acho que perdi a conta de quanto eu senti ódio de mim mesma por amar alguém. Talvez até entendam, mas ninguém nunca vai ser capaz de compreender o quanto isso é sinistro. Só ele – e apenas ele – fez do mundo um lugar bonito para mim, me ensinou a amar, a viver, a sonhar e a voar. Me deu força quando eu precisei, me fez ter fé, me fez acreditar na paz, em Deus. Fez de mim alguém melhor!
Porque todo esse amor, todo esse... sei lá o que, que eu sinto por ele me faz ser alguém melhor. Sinto, que por ele eu morreria, me sacrificaria, eu… sei lá!

Quanto eu gosto dele? É um jeito peculiar de gostar de alguém.
Se eu tiver só um rim e ele precisar de um, dou o meu sorrindo.
Se ele matar alguém, eu escondo o corpo, não faço perguntas e me entrego a polícia.


And I wish you would love me this way...

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